“Temos um investimento público de 374 milhões, que corresponde a 72% de execução – o que é significativo- e que corresponde a um esforço dos Açorianos e do Governo Regional para conseguir, de forma permanente, dar melhores condições de vida e fazer os investimentos públicos que são necessários”, afirmou Carlos Silva, esta quarta-feira, durante a Sessão Plenária, em que foi debatida a execução do Plano Regional Anual referente ao ano 2017.
A iniciativa do PSD, de discutir com urgência um plano que já foi executado, mereceu fortes criticas dos deputados do Grupo Parlamentar do PS/Açores: “O modus operandi do PSD é debater urgências, sem urgência (…) porque, no fundo, aquilo que preocupa o PSD é criar um caso político, é criar uma intriga, é criar instabilidade política, mas felizmente os Açorianos sabem que podem contar com o Partido Socialista e com o Governo, para garantir essa estabilidade política”.
Carlos Silva classificou de “pura demagogia” os argumentos apresentados pela bancada social-democrata, nomeadamente quanto à execução dos investimentos ao longo dos anos: “Entre 2014 a 2017 o que podemos verificar é que a execução do investimento público aumentou 56 Milhões de Euros e aumentou 18%, isso é um facto”. Também a exigência de uma execução de 100%, foi criticada pelos socialistas porque, como é do conhecimento público e acontece em várias entidades, “há situações que não dependem do Governo”, como por exemplo, a obrigatoriedade de se esperar pelo “visto de Tribunal de Contas” e de cumprir “procedimentos de contratação pública”.
Durante o debate, o deputado Carlos Silva demonstrou que a oposição só está mesmo interessada em criticar por criticar, recordando que alguns deputados da bancada do PSD, fazem parte de Assembleias Municipais de Autarquias, com valores de execução de investimento público muito inferiores. A título de exemplo, Carlos Silva referiu a situação da Ribeira Grande e de Ponta Delgada onde, no último caso, a execução real não ultrapassou os 50%, enquanto o Governo dos Açores atingiu os 72%. “O que aqui se vê é que há um incómodo permanente do PSD com os números que são apresentados pelo Governo e justificados, mas quando se trata da sua gestão nas suas autarquias, lá é que está bem”.